Humildade
“Nada
façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros
superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas
também dos interesses dos outros.” Filipenses 2:3 e 4 (NVI)
Hoje participamos de um seminário de música espiritualizada
na Igreja Rede. O objetivo era reunir todos os envolvidos com bandas, duetos,
ministérios de louvor, solos, projetistas, time do som, etc para refletir sobre
a importância da música na Igreja e na vida dos que adoram ao Senhor.
Uma parte que mais chamou a atenção foi o cuidado de não
esquecermos o verdadeiro propósito quando louvamos ao Senhor. Alguns terminam
por envaidecer e esquecer que servimos a uma causa que não é nossa própria honra.
Devemos exercer de nosso talento, de buscar a excelência no
que fazemos, e até nos inspirarmos em boas referências. Entretanto, a humildade
precisa permanecer em nossos corações, principalmente quando crescemos cada dia
mais aos olhos dos homens.
Paulo escreve para Igreja de Filipos na condição do grande
líder para aquela comunidade. Observe que várias vezes no livro cita que eles o
reconheciam e o apreciavam ao ponto de sustenta-lo na obra desde o início, com
ofertas generosas de amor ao ponto de afirmar:
“Recebi tudo, e o que
tenho é mais que suficiente. Estou amplamente suprido, agora que recebi de
Epafrodito os donativos que vocês enviaram. (Filipenses 4: 18 NVI).
Sua estima era muito alta, mas nem por isto Paulo se
ensoberbece. Todos seus comentários são de humildade. De trazer conforto à
Igreja que se preocupava com seu bem estar.
Sua recomendação no versículo em destaque é para que os
líderes daquela Igreja não fizessem “nada
por ambição egoísta (seu próprio bem) ou por vaidade (sua própria glória)”.
E imaginar que nos dias de hoje tantos homens buscam títulos
que nem mesmo Paulo ostentou tê-los.
O interesse daqueles que lideram uma Igreja, um grupo, um
Ministério ou mesmo participam como membros ativos na Igreja deve ser “o interesse de todos”.
Não confunda humildade com passividade, miséria ou mesmo
anular a si mesmo. Temos a tendência a achar que o humilde é aquele que tudo
aceita e tudo permite. Humildade, segundo o Wikipedia “refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as
outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas”.
Todos nos lembramos daquele episódio onde Jesus lavava os
pés de seus discípulos, conforme a imagem que selecionamos acima.
Enfim, porque é tão difícil de seguirmos esta orientação?
Por que sempre pensamos primeiro em nós mesmos para depois ver se sobra algo
para o outro?
A resposta é difícil, mas começa em nossa tendência à
sobrevivência e culmina em nossa cultura de consumo, competitividade e poder.
O maravilhoso dos ensinamentos do cristianismo é que, a
primeira vista, tudo é uma contramão do mundo (e assim o é). Nada tem lógica
(também!). Mas, por fim, os resultados das atitudes de um verdadeiro cristão são
reconhecidos até pelos que não entendem nossa fé.
Já tentou ser humilde quando tinha a oportunidade de tirar
vantagem em algo? Já foste humilde reconhecendo algum erro cometido?
Os maiores milagres que presenciei em minha vida não foram
manifestações sobrenaturais (apesar de ter presenciado diversos destes). Foram
as ações inesperadas de pessoas que, com sua humildade, demonstraram as virtudes
de Jesus e mudaram a direção de uma circunstância. Apenas por ser, simplesmente,
humilde.
Já tiveste uma experiência desta?
Por Hamilton Felix –
Membro da Igreja Rede em Sobradinho, DF e estudante de Teologia pelo Instituto
Bíblico das Assembleias de Deus do Rio de Janeiro (IBADERJ).