sábado, 4 de agosto de 2012

Humildade

 

“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” Filipenses 2:3 e 4 (NVI)

Hoje participamos de um seminário de música espiritualizada na Igreja Rede. O objetivo era reunir todos os envolvidos com bandas, duetos, ministérios de louvor, solos, projetistas, time do som, etc para refletir sobre a importância da música na Igreja e na vida dos que adoram ao Senhor.

Uma parte que mais chamou a atenção foi o cuidado de não esquecermos o verdadeiro propósito quando louvamos ao Senhor. Alguns terminam por envaidecer e esquecer que servimos a uma causa que não é nossa própria honra.

Devemos exercer de nosso talento, de buscar a excelência no que fazemos, e até nos inspirarmos em boas referências. Entretanto, a humildade precisa permanecer em nossos corações, principalmente quando crescemos cada dia mais aos olhos dos homens. 

Paulo escreve para Igreja de Filipos na condição do grande líder para aquela comunidade. Observe que várias vezes no livro cita que eles o reconheciam e o apreciavam ao ponto de sustenta-lo na obra desde o início, com ofertas generosas de amor ao ponto de afirmar: 

“Recebi tudo, e o que tenho é mais que suficiente. Estou amplamente suprido, agora que recebi de Epafrodito os donativos que vocês enviaram. (Filipenses 4: 18 NVI).  

Sua estima era muito alta, mas nem por isto Paulo se ensoberbece. Todos seus comentários são de humildade. De trazer conforto à Igreja que se preocupava com seu bem estar.

Sua recomendação no versículo em destaque é para que os líderes daquela Igreja não fizessem “nada por ambição egoísta (seu próprio bem) ou por vaidade (sua própria glória)”.

E imaginar que nos dias de hoje tantos homens buscam títulos que nem mesmo Paulo ostentou tê-los. 

O interesse daqueles que lideram uma Igreja, um grupo, um Ministério ou mesmo participam como membros ativos na Igreja deve ser “o interesse de todos”.

Não confunda humildade com passividade, miséria ou mesmo anular a si mesmo. Temos a tendência a achar que o humilde é aquele que tudo aceita e tudo permite. Humildade, segundo o Wikipedia “refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas”.

Todos nos lembramos daquele episódio onde Jesus lavava os pés de seus discípulos, conforme a imagem que selecionamos acima.

Enfim, porque é tão difícil de seguirmos esta orientação? Por que sempre pensamos primeiro em nós mesmos para depois ver se sobra algo para o outro? 

A resposta é difícil, mas começa em nossa tendência à sobrevivência e culmina em nossa cultura de consumo, competitividade e poder. 

O maravilhoso dos ensinamentos do cristianismo é que, a primeira vista, tudo é uma contramão do mundo (e assim o é). Nada tem lógica (também!). Mas, por fim, os resultados das atitudes de um verdadeiro cristão são reconhecidos até pelos que não entendem nossa fé. 

Já tentou ser humilde quando tinha a oportunidade de tirar vantagem em algo? Já foste humilde reconhecendo algum erro cometido?

Os maiores milagres que presenciei em minha vida não foram manifestações sobrenaturais (apesar de ter presenciado diversos destes). Foram as ações inesperadas de pessoas que, com sua humildade, demonstraram as virtudes de Jesus e mudaram a direção de uma circunstância. Apenas por ser, simplesmente, humilde.

Já tiveste uma experiência desta?


Por Hamilton Felix – Membro da Igreja Rede em Sobradinho, DF e estudante de Teologia pelo Instituto Bíblico das Assembleias de Deus do Rio de Janeiro (IBADERJ).

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